Numa altura em que milhares de jovens procuram uma oportunidade de fazer parte da transformação do país, a UEM lançou a III Feira de Emprego como um palco de encontros reais entre talento, formação e futuro, desafiando os estudantes a assumirem o protagonismo na dinamização da economia moçambicana.
O evento, que decorre sob o lema “Celebrando 50 anos da Independência de Moçambique com a Inteligência Artificial ao Serviço da Juventude”, voltou a reunir dezenas de empresas, estudantes e instituições de ensino, promovendo um espaço de conexão entre a formação académica e as oportunidades concretas de inserção laboral.
O Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, aproveitou o momento para lançar um apelo às instituições de ensino e ao sector empresarial: “Urge a necessidade de dedicarmos mais atenção para a formação de uma juventude com qualidade e colocação desta na dinamização da economia nacional.”
Segundo o Reitor, Moçambique vive o paradoxo de possuir uma juventude numerosa, com cerca de 12 milhões de jovens, mas apenas 2% com acesso ao ensino superior, o que representa tanto um desafio quanto uma janela de oportunidade.
“Se, por um lado, estes números constituem um desafio, por outro, indicam-nos que somos um país sortudo, por termos muita energia produtiva na forja, cabendo-nos qualificá-la e torná-la útil, ou, infelizmente, assistirmos à corrosão do nosso tecido social e vivermos o tempo todo de lamentações.”
Ao reconhecer o descompasso entre a formação universitária e as exigências do mercado, a UEM propõe uma maior aproximação entre universidades e empregadores. Guilherme Júnior convidou as empresas a envolverem-se activamente na formação dos estudantes, através de palestras, workshops e formações práticas de curta duração, com enfoque em competências técnicas e transversais.
“Venham à Universidade para realizar palestras, workshops, entre outros, de modo a mantermos constante este laço inteligente, que deverá erguer a nação e consolidar a sociedade e o desenvolvimento económico.”
Dirigindo-se aos estudantes, o Reitor destacou o valor único da feira: “Este número deve explicar o quão privilegiados são por aqui estarem diante de empresas que vêm para convosco conversar e viabilizar o acesso ao emprego ou à formação; queiram, por favor, fazer o devido aproveitamento desta ocasião.”
O evento não passou despercebido aos estudantes, que viram na feira uma oportunidade estratégica para mostrar talento e criatividade. O Presidente da Associação dos Estudantes da UEM, Onório António, reforçou esse sentimento, nos seguintes termos: “Esperamos que nesta edição os números ou casos de sucesso aumentem ainda mais e que saiamos daqui com portas abertas para um futuro profissional promissor”, disse.
Do lado das empresas, a mensagem foi clara. A representante das instituições expositoras, Victória Nguicha, sublinhou a responsabilidade cívica e patriótica dos estudantes da UEM, por isso, jovens queiram abraçar estas oportunidades de trabalho e de troca de conhecimentos com as diversas instituições aqui presentes”.
Nguicha destacou ainda os programas desenvolvidos pela Universidade, com foco na responsabilidade social e empregabilidade dos graduados.
Testemunhos de estudantes confirmam que o impacto da feira vai além das intenções.
Keiran Fernando, estudante do ISCTEM, vê neste espaço uma porta aberta para o mundo do trabalho: “Espero aprender mais com estas empresas que dão também capacitações profissionais e, no final, sair daqui com um emprego garantido.”
Cláudio João, estudante da UEM, partilha da mesma expectativa e espera abraçar uma oportunidade, uma vez estar quase prontos para entrar no mercado de trabalho.
Este ano, a UEM inovou ao trazer novas possibilidades de formação e bolsas de estudo, incluindo oportunidades para pós-graduação em instituições estrangeiras, ampliando o horizonte dos estudantes que ambicionam qualificação contínua e internacionalização.