O Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, avisou hoje (25.03), que processo de transformação da UEM em Universidade de Investigação exige a mudança da cultura institucional, bem como da estrutura de apoio organizacional e funcional.
Acrescentou que a tal transformação requer acompanhamento através da aplicação de instrumentos de melhoria contínua de qualidade dos processos de ensino-aprendizagem, investigação, extensão e inovação, e de gestão universitária.
O Reitor da UEM falava na abertura da IV Edição da Semana de Planificação e Qualidade, cujo objectivo é harmonizar os processos de planificação e qualidade na instituição, bem como aferir o nível de implementação do Plano Estratégico 2018-2028.
O Reitor lembrou aos presentes que no ano passado e como resultado de um trabalho aturado, as entidades governamentais intensificaram as medidas que visam a melhoria da qualidade do ensino superior, com a aprovação da Lei do Ensino Superior, Lei nº 1/2023, de 17 de Março; do Decreto nº 43/2023 – Regulamento de Licenciamento e funcionamento de instituições do Ensino Superior.
“Através destes instrumentos o Estado reconhece que uma força de trabalho qualificada é a chave para o sucesso na luta pelo desenvolvimento do país”, disse.
Entretanto, segundo o Reitor, as aspirações da instituição que dirige têm sido desafiadas por uma crise orçamental que tem abalado o curso normal das actividades, referindo que o Orçamento de Estado alocado à UEM tem mostrado uma tendência decrescente.
“Por isso, como forma de maximizar os escassos recursos, tanto do Governo como dos parceiros, a planificação participativa e orientada para resultados surge como uma
estratégia para fazer face a estes desafios, o que exige de nós uma maior coordenação, mais comunicação, mais engajamento e acima de tudo um sistema de prestação de
contas robusto”, frisou.
O dirigente da UEM fez saber que o Gabinete de Planificação, Qualidade e Estudos Institucionais (GaPQEI) iniciou, em 2023, a auto-avaliação de unidades orgânicas, que envolveu faculdades, escolas superiores e centros de investigação, feita com base no sistema de avaliação de desempenho das unidades orgânicas aprovado pelo Conselho Universitário em 2019.
Como resposta colocam-se os seguintes desafios aos gestores da UEM: (i) Governar e gerir as unidades académicas, com base em princípios e práticas que sejam relevantes para uma UdI; (ii) Produzir evidências de modo que a planificação vise o alcance de objectivos e metas específicas que são relevantes para uma UdI; (iii) Aumentar actividade de investigação, extensão e publicação cientifica, entre outros.
Numa altura em que a UEM assinala o 6º ano da implementação do Plano Estratégico da UEM 2018-2028, o Reitor apela que o foco deve residir nos resultados alcançados e no impacto das acções planificadas, e tal demanda a necessidade de planificar as acções de monitoria e avaliação das actividades realizadas.
O evento que junta dirigentes da instituição a diversos níveis decorre de hoje até próximo dia 28 de Março, em Maputo, sob lema “Transformação digital dos processos da UEM rumo à UdI”.
Organizado pelo Gabinete de Planificação, Qualidade e Estudos Institucionais, vai debater vários temas no âmbito da planificação, qualidade e acreditação dos cursos na UEM.
