O Embaixador da Comunidade Alumni da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da UEM, Prof. Doutor Rafael Uaiene, defendeu que a exploração agrícola no país ainda deixa a desejar, explicando que há carência de aplicação de meios tecnológicos e incentivos fiscais por parte dos fazedores da política agrária.
O investigador falava esta Quarta-feira, em Maputo, num debate que manteve com os estudantes desta Faculdade, por ocasião do Dia dos Alumni, evento que decorreu em todas as unidades orgânicas desta universidade.
Rafael Uaiene ressalvou que urge a necessidade de haver uma expansão massiva de utilização de tecnologias, para que os produtores tenham mais conhecimento de opções tecnológicas necessárias para o fortalecimento da actividade agrícola no país.
“Todavia, não são todos que irão fazer uma agricultura sofisticada, porque uma coisa é utilizar a agricultura como meio de subsistência e a outra é como negócio. Neste último caso, o campeonato é global, o que produzimos é visto na Indonésia, Tailândia e outros cantos do mundo”, explicou.
O investigador reiterou que a produção de arroz e feijão bôer é notória e abundante em Nampula, Zambézia e Sofala, porém, o país continua a consumir a produção proveniente de países como, Indonésia, Tailândia e Índia, o que demostra, em parte, a problemática das políticas fiscais.
“Por exemplo, tivemos um memorando para a exportação do feijão bôer para a Índia, mas, como este país introduziu novas tecnologias que permitiram maior produção desta cultura, os produtores de lá começaram a interditar a entrada do nosso feijão naquele território”, disse.
Rafael Uaiene apelou aos estudantes maior empenho e dedicação, alertando que estão a ser formados para serem agrónomos capazes de competir com os formandos de países mais desenvolvidos.
Investigador defende a expansão tecnológica na agricultura
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