A Universidade Eduardo Mondlane, através da sua Faculdade de Engenharia, tenciona abrir, brevemente, o curso de Licenciatura em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, com o objectivo de responder às necessidades do sector de petróleo e gás natural no país.
Com o efeito, aquela unidade reuniu, esta Quinta-feira (25/04), em Maputo, o sector produtivo, para a apresentação do referido curso e recolha de subsídios considerados relevantes, de modo a garantir uma melhor formação de graduados para este sector energético.
O curso tem a duração de 4 anos e meio, com os seguintes créditos: 30 para as áreas das matemáticas, 42 para as ciências básicas, 134 para as áreas das engenharias, 9 créditos para informática e ciências de informação e 47 créditos para estudos complementares.
Em comparação com outros cursos das engenharias, este possui uma carga maior de comunicação em língua inglesa devido à natureza do mercado petrolífero. Outra particularidade tem a ver com a introdução de disciplinas relacionadas com a programação aplicada à área de engenharia de petróleo e gás, através de softwares que estão em uso neste sector.
Na abertura do encontro, o Director Pedagógico da UEM, Prof. Doutor Elias Manjate, fez saber que o recente sexto concurso para concessão de áreas para a exploração e produção de hidrocarbonetos, que resultou na atribuição de 6 blocos nas regiões de Angoche e Save, demonstram o potencial de Moçambique para cimentar a sua posição como um player no sector energético mundial.
Essa realidade, segundo o Director Pedagógico, tem levado a uma procura crescente de técnicos qualificados nas áreas de tecnologias e engenharia de petróleo e gás natural, com maior enfoque para as especializações em prospeção, exploração e perfuração, gestão de reservatórios, produção e transporte de gás natural, entre outros.
Sendo assim, a UEM carrega consigo uma obrigação histórica de garantir a formação de técnicos superiores capazes de responder aos desafios do mercado, por isso, segundo Manjate, a Faculdade de Engenharia encontra-se nesse processo de desenvolvimento de um curso em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, como forma de responder à demanda em técnicos nacionais qualificados.
Por seu turno, o Director-adjunto da Faculdade de Engenharia, Prof. Doutor Alberto Bila, garantiu aos empregadores que aquela unidade possui capacidade laboratorial e de recursos humanos para garantir formação, com qualidade, de técnicos superiores nesta área.
A título de exemplo, fez saber que tem, no seu leque de quadro do pessoal, 13 professores com o grau de doutor com formação nas áreas de petróleo e gás e afins e ainda laboratórios de engenharias de perfuração, laboratórios de fluidos de perfuração de poços, laboratório de simulação, perfuração e controlo de perfuração de poços, entre outros.
