A Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS) da Universidade Eduardo Mondlane
(UEM) acaba de dar um passo significativo para o reforço da investigação e do ensino
prático ao inaugurar, esta Terça-feira, três laboratórios requalificados nas áreas de
Arqueologia e Antropologia.
As novas infraestruturas – o Depósito Nacional do Património Cultural, o Laboratório
Multiuso de Arqueologia e o Laboratório de Análises Arqueológicas – foram
reabilitadas ao longo do último ano e destinam-se ao apoio às aulas práticas, ao
desenvolvimento de pesquisas científicas e à conservação do acervo arqueológico
nacional.
A Chefe do Departamento de Arqueologia e Antropologia, Prof.ª Doutora Sandra
Manuel, destacou que a requalificação se enquadra no processo de melhoria das
condições de trabalho produzido pela instituição, sublinhando que os novos espaços
permitirão alargar o depósito nacional do património arqueológico.
A docente acrescentou que a iniciativa promove um diálogo contínuo entre estudantes e
especialistas nacionais e internacionais, reforçando o intercâmbio de conhecimentos.
“Com esta iniciativa, queremos ser uma referência na análise do quotidiano e do
património de Moçambique, gerando novas contribuições para o entendimento da nossa
cultura e da sociedade no geral”, garantiu a docente, assinalando, também, que os novos
espaços criam condições para o arranque do Mestrado em Antropologia e incentivam os
estudantes à continuidade académica.
Para o Director da FLCS, Prof. Doutor Samuel Quive, esta requalificação está alinhada
com os objectivos estratégicos da UEM. “A transformação institucional requer a
melhoria das condições laboratoriais e materiais para que os estudantes aprendam,
desde cedo, a participar em processos de investigação” – afirmou, reforçando o papel
dos laboratórios na consolidação da UEM como Universidade de Investigação.
O Coordenador do Projecto de Requalificação, Dr. Mussa Raja, salientou que as novas
instalações vêm suprir uma lacuna antiga nos cursos de Arqueologia e Antropologia.
“Tínhamos muitas aulas práticas e faltavam aulas laboratoriais, daí que constituem um
grande ganho”, reconheceu. O académico apelou ainda ao uso responsável dos espaços,
adiantando que estão em curso trabalhos para a criação de normas que irão regular o
acesso e a utilização dos laboratórios.
A requalificação dos três laboratórios contou com o apoio do Centro Interdisciplinar de
Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano, uma unidade de investigação
científica da Universidade do Algarve, em Portugal.
FLCS devolve à ciência três laboratórios de Arqueologia e Antropologia
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