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Filósofos questionam conflitos eleitorais no país

Investigadores e filósofos defendem que a existência de vários actores com interesses adversos, influenciados pela desconfiança e rivalidades históricas, é uma das razões que pode explicar a predominância de um ambiente propício a conflitos eleitorais no país.

Investigadores e filósofos defendem que a existência de vários actores com interesses adversos, influenciados pela desconfiança e rivalidades históricas, é uma das razões que pode explicar a predominância de um ambiente propício a conflitos eleitorais no país.
A tese é defendida no livro intitulado “Eleições para Paz ou para Guerra, Desafios Históricos e Perspectivas dos Processos Eleitorais em Moçambique”, lançado esta Terça-feira, no Campus Principal, pelos investigadores da Faculdade de Filosofia da UEM e colaborados externos.
A obra, composta por 13 artigos, apresenta ideias que não descartam a possibilidade de existirem casos em que os conflitos são necessários, sobretudo, quando influenciam positivamente a reforma da legislação eleitoral, contribuindo, deste modo, para a maturidade da democracia moçambicana.
O apresentador do livro, dr. Hermenegildo Mulhovo, disse que, no segundo capítulo, os investigadores se juntam para reflectir sobre os desafios e perescpectivas das eleições que se avizinham, num contexto que consideram marcado por várias desinteligências associadas ao ambiente político de desconfiança.
“Como conclusão ou recomendação deste questionamento, eles alegam que existe uma necessidade de engajamento dos partidos políticos nas actividades de educação cívica e de campanha eleitoral, tendo como base programas políticos claros e manifestos eleitorais acessíveis para uma votação consciente e formada dos cidadãos”.
Por sua vez, o académico Jamisse Taimo, disse, na qualidade de prefaciador e um dos autores da obra, que o livro procura responder até que ponto o país se traduz em escombros ou em desenvolvimento, onde há oportunidades para todos.
“Os textos respondem a essa discussão porque os autores se socorrem de pressupostos filosóficos entre as experiências das eleições ocorridas no país e questões ligadas à educação, procurando, sempre, ter um binómio comum que é uma eleição com a paz como fruto, apesar da intimidação que pode haver”, explicou.
Acrescentou que, o período pós-eleições, vem traduzido no livro como exercício importante para o entendimento de que a construção do país é um processo que deve incluir a todos, sem excepção.
O Director da Faculdade de Filosofia, Prof. Doutor José Blaunde, disse que obra é resultado de pesquisa de docentes jovens desta unidade orgânica, que se enquadra nos debates sobre a democracia partidária.
“Permitiu com que participassem outros investigadores para que, em conjunto, pudessem analisar os contornos dos processos eleitorais passados e oferecer subsídios para os próximos processos eleitorais em Moçambique. E a temática analisada nada mais é senão a contínua busca pelas respostas dos problemas que afligem a sociedade moçambicana, dando azo às premissas do conceito Filosofia”, frisou.

Eleicoes Paz

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