Especialistas de várias universidades estão a usar modelos inovadores para projectar ciclones e cheias que alarmam o mundo, com destaque para a África Austral, com vista a prever a ocorrência destes fenómenos naturais e sua intensidade nos próximos anos.
A informação foi revelada esta Quinta-feira, em Maputo, pelo representante da UEM, Prof. Doutor Luís Artur, que falava à margem da conferência que marcou o lançamento do projecto denominado Resiliência e Preparação para Ciclones Tropicais na África Austral (REPRESA).
Explicou que, com o aumento da frequência e intensidade de cheias e ciclones a nível mundial, e particularmente em África, surge a necessidade de se discutir sobre o futuro destes fenómenos, o seu impacto e respectivas consequências para os países que serão afectados.
“O que nós temos como informação clara é que a frequência e intensidade de cheias e ciclones na África Austral e, particularmente em Moçambique, aumentou. Só para dar exemplo, nos últimos 20 anos, tivemos três vezes mais ciclones do que nos 20 anos antecedentes. E não foi apenas o aumento da frequência e ocorrência, mas também aumentou em termos de força, são muito mais destrutivos comparativamente aos ciclones que nós tínhamos antes”, disse
Acrescentou que, na conferência em alusão, os especialistas estão a discutir formas de usar métodos e tecnologias recentes para prever se os fenómenos naturais, como cheias e ciclones, irão ocorrer nos mesmos locais ou haverá mudanças de trajectória.
O evento reuniu especialistas da área de gestão de riscos de desastres, de países como África do Sul, Malawi, Madagáscar, Inglaterra e Moçambique.
