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Embondeiros da cultura moçambicana partilham experiências com estudantes da ECA

Embondeiros da cultura moçam-bicana estiveram, esta Quarta-feira (08.11), na Escola de Comunicação e Artes (ECA), para partilhar as suas experiências de vida profissional, onde defenderam a língua como um grande factor de identidade de qual-quer nação ou grupo étnico.

Embondeiros da cultura moçambicana partilham experiências com estudantes da ECA

David Abílio, que durante 30 anos dirigiu a Companhia Nacional de Canto e Dança, lembrou que as estratégias políticas e ideológicas que eram perseguidas após a independência nacional, ligadas a questões referentes à unidade nacional, fizeram com que, oficialmente, fosse adoptado o português como a língua oficial de comunicação entre os moçambicanos e, de certa forma, tal actuação secundarizou as línguas moçambicanas.
Segundo David Abílio, apesar de ter sido da dança, da música e do teatro, foi possível fortificar a moral do combatente no campo de batalha e, após a independência, o orgulho de ser moçambicano começou a apossar-se dos moçambicanos de tal forma que o canto, a dança e o teatro aconteciam em todos os lugares, incluindo empresas, instituições públicas como hospitais e escolas.
“Na sequência, começaram a surgir as instituições de ensino artístico como a Direcção Nacional da Cultura, onde começaram a haver as primeiras tentativas de resgate, de forma estrutural, da identidade moçambicana”, frisou.

Por sua vez, Manuela Soeiro partilhou o seu percurso de vida e da sua entrega ao teatro, afirmando que, desde muito cedo, procu-rou se envolver em actividades que exigiam criatividade como o teatro, a dança e a arte de contar estórias, e tais envolvimentos lhe

por via de um Decreto, a língua portuguesa, por alturas da independência, era falada por cerca de 5 por cento da população e, perante a necessidade de comunicar ultrapassando as barreiras linguísticas, o dramaturgo recorreu a dança para comunicar. “Tínhamos que encontrar formas próprias de nos comunicarmos, as pessoas não percebiam português, podiam não perceber as palavras, mas percebiam esta língua através da dança”, disse
Na ocasião, Dr. Pedro Sitoe, da ECA, referiu que a cultura foi sempre a semente da identidade moçambicana porque, através permitiram o desenvolvimento cognitivo e
criativo.
Os oradores falavam num encontro intitulado “Conversa com os mais velhos, memórias de construção de identidades ar- tísticas”, organizado pela ECA.

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