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Dra. Hipoldina Isaías propõe uso da energia fotovoltaica na irrigação

Dra. Hipoldina Isaías propõe uso da energia fotovoltaica na irrigaçãoA Dra. Hipoldina Isaías afirma ser possível melhorar-se a irrigação de pequena escala nas regiões áridas e semiáridas do país, através de sistemas de aproveitamento da água das chuvas adicionando as potencialidades energéticas disponíveis no local.

Com efeito, propõe o uso da combinação uma vez que o uso do gerador à diesel para energia fotovoltaica ligada a bateria.
da energia solar fotovoltaica/bateria por o transporte de água para irrigação, de Conclui que a energia fotovoltaica, além de representar melhor opção tecnológica em acordo com a sua pesquisa, mostrou-se 34 limpa, apresenta maior eficiência e baixo termos técnicos, assim como económicos, vezes mais caro se comparado com o uso da consumo da água, pelo que defende a sua utilização e difusão no mercado moçambicano mostrando aos agricultores formas de sua obtenção, colmatando as barreiras que desencorajam a sua utilização na agricultura.
Hipoldina Isaías prestou provas públicas, nesta Segunda-feira (07/08), na Faculdade de Ciências, para obtenção do grau de Doutora em Ciência e Tecnologia em Energias Renováveis, cuja tese se intitula “Dimensão Energética para Exploração de Água de Chuva: um exemplo de hortícolas e cereais em pequena escala nas regiões áridas e semiárida”. O trabalho de campo foi realizado nos distritos da Moamba, província de Maputo, e Cahora Bassa, em Tete. Segundo a autora, estes locais apresentam potencial eólico bastante que pode ser usado como alternativa para fazer o transporte de água à irrigação.
Constatou que, através de uma precipitação total de 584 mm, no distrito da Moamba, e 860mm, no distrito de Cahora-Bassa, é possível responder na totalidade à demanda de água para irrigar cerca de 1 hectar da cultura de milho, usando apenas os sistemas de aproveitamento das águas das chuvas.
Notou que a eficiência da água, em termos de poupança, não depende apenas da área de conservação e da capacidade do reservatório, mas também da precipitação local e da demanda. “Deve existir um equilíbrio entre a oferta da precipitação e a demanda”, frisou.

Para a realização do seu trabalho, a investigadora recorreu a dados de 30 anos de precipitação, o recomendável para estudos de aproveitamento das águas das chuvas.
Recomenda um estudo sobre a poupança energética nos sistemas de aproveitamento da água virados para a irrigação, tendo em conta que, nos sistemas tradicionais de abastecimento de água, o processo de transporte e tratamento demanda grande
quantidade de energia. Após aprovação pelo júri, com uma nota
de 17 valores, o Director da Faculdade de Ciências, Prof. Doutor Daud Jamal, disse
que aquele trabalho de defesa responde ao Plano Estratégico da UEM, no desenvolvimento de pesquisas e trabalhos de extensão que tenham impacto na sociedade. “Este
trabalho trás outras formas de fazer agricultura, principalmente em regiões com escassez de água, porque essa tecnologia permite fazer o aproveitamento integral da água das
chuvas”, disse.
O trabalho de pesquisa foi supervisionado pelo Professor Catedrático Boaventura
Cuamba. O Júri, presidido pelo Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, foi também constituído pelos Prof. Doutor Carlos Silva, do Instituto Superior Técnico de Lisboa (arguente externo); Prof. Doutor Geraldo Nhumaio, da UEM (arguente interno); e Prof. Doutor Amos Veremachi, da UEM (arguente interno).

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