A Faculdade de Medicina da UEM, nos últimos 60 anos, formou cerca de 2300 médicos, que se encontram a trabalhar um pouco pelo país, e já produziu mais de 1200 artigos científicos indexados na plataforma Pubmed e outras incontáveis publicações, incluindo manuais, currículos, planos, estratégias e livros sobre a área da saúde. Inclui ainda a formação de 500 Mestres e 1 Doutor.
Estes dados foram dados a conhecer Segunda-feira (27/11), em Maputo, durante a cerimónia de celebração dos 60 anos de criação daquela unidade da UEM, que teve lugar na Fortaleza de Maputo.
O Vice-Ministro da Saúde, Prof. Doutor Ilesh Jani, que dirigiu a cerimónia, apontou alguns desafios que a formação médica em Moçambique deverá ter em conta, nomeadamente a crescente digitalização incluindo os serviços de saúde, as mudanças climáticas, o rápido crescimento urbano e rápida expansão sanitária, com os quais a Faculdade de Medicina deverá estar preparada para enfrentar.
Segundo o Vice-Ministro, esta celebração honra a todos aqueles que idealizaram e fizeram crescer a Faculdade de Medicina, porque, há mais de 60 anos, formar médicos em Moçambique era apenas um sonho.
Referiu que os progressos assinalados na área da saúde, em Moçambique, devem-se ao contributo da Faculdade de Medicina que não deve ser vista apenas pelo número de médicos que formou, mas pela sua contribuição nas áreas de investigação, formação da pós-graduação, na área de extensão e na influência que teve na formulação de políticas do governo no sector da saúde. ‘’Queremos continuar a contar com a nossa Faculdade de Medicina para os desafios do futuro no nosso sistema de saúde’’, disse.
Na ocasião, Reitor Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, disse que foram 6 décadas de compromisso com a excelência académica, pesquisa de ponta e formação de profissionais de saúde altamente qualificados.
Guilherme Júnior reconheceu a contribuição da Faculdade de Medicina para o posicionamento da UEM nos classificadores das instituições de ensino superior e nas publicações indexadas fruto do esforço dos docentes, pesquisadores e estudantes, através da internacionalização, projectos de investigação científica, publicações de artigos científicos, incluindo manuais, currículos, planos e livros.
Todavia, advertiu que as transformações recentes no país e no mundo obrigam a instituição a pensar sobre a modernização e sustentabilidade, sobretudo de um curso como a Medicina, que é extremamente caro e requer actualização constante, havendo, por isso, a necessidade de inovação nos modelos de gestão.
O Reitor agradeceu aos parceiros da Faculdade, com destaque para o Ministério da Saúde e o Hospital Central de Maputo e todas unidades onde os estudantes fazem estágios. “Juntos construímos uma história notável, pautada pela incessante busca pela verdade científica, empatia pelo próximo e compromisso com a melhoria contínua da saúde global, apesar dos inúmeros desafios”, disse.
O Director daquela Faculdade, Professor Doutor Jahit Sacarlal, garantiu que, actualmente, a unidade dispõe de equipamentos essenciais para fazer pesquisa, incluindo para fazer ensaios clínicos com seres humanos.
A FAMED tem 161 docentes, dos quais 56 a tempo inteiro, 105 a tempo parcial, 5 Professores Catedráticos, 12 investigadores e 90 membros do Corpo Técnico e Administrativo.
A Faculdade de Medicina foi instalada em 1962, junto ao Hospital Miguel Bombarda e iniciou as suas actividades, em 1963, com 280 estudantes.
