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UEM forma primeiros docentes em metodologias STEM

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) acaba de capacitar os primeiros formadores em
metodologias STEM, sigla que integra Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, no âmbito da implementação do Projecto MozSkills. Trata-se de um passo decisivo para a disseminação de abordagens inovadoras no sistema de ensino moçambicano, com impacto directo no ensino primário e secundário das províncias de Maputo e Gaza.

Os formadores agora certificados terão a missão de multiplicar os conhecimentos adquiridos, liderando acções de formação de professores do ensino geral, com vista à melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem no país. A metodologia STEM propõe uma abordagem integrada do conhecimento, incentivando os estudantes a conectar diferentes áreas disciplinares e aplicar os conceitos em situações práticas e reais.

Ao contrário do ensino tradicional compartimentalizado, a abordagem STEM estimula a
criatividade, a inovação e a resolução de problemas de forma colaborativa, com recurso a tecnologias, laboratórios e contextos interdisciplinares.

Durante a cerimónia de encerramento da formação, o Coordenador do Projecto MozSkills, na UEM, Prof. Doutor Calisto Guambe, destacou a importância do compromisso dos formadores com a qualidade e a prática pedagógica. Nesta fase do projecto, o objectivo é alargar a equipa de formadores, de modo a garantir as formações que devem acontecer nas escolas primárias e secundárias. “Temos que ser nós a liderar estas formações, tanto a nível interno assim como nas escolas secundárias”, frisou.

O Prof. Doutor Aguiar Baquete, um dos formadores envolvidos, realçou que a capacitação de formadores representa uma etapa essencial para expandir a capacidade técnica da UEM na liderança de processos de inovação educacional. Segundo o docente, a formação abordou não só metodologias de ensino e inovação, como também aspectos ligados à sustentabilidade, tecnologias educativas e utilização de laboratórios na abordagem STEM. “O ensino e aprendizagem do seculo 21 é um ensino que confronta a realidade, levanta problemas, ao mesmo tempo que busca soluções”, reforçou Baquete.

Para o Doutor Alexandre Dambe, docente de Física na UEM e beneficiário da formação, o contacto com a metodologia STEM foi transformador, porquanto leccionava física como uma ciência isolada das outras ciências, “mas, a partir desta formação, aprendi a incorporar outras ciências no processo lectivo como a engenharia e as tecnologias”, partilhou.
Como suporte à implementação do projecto, foram produzidos 11 módulos temáticos, dos quais 10 abordam conteúdos transversais e um dedicado à robótica educacional, concebidos para serem explorados de forma integrada. Os módulos visam promover uma compreensão holística do conhecimento científico e a sua aplicação prática na resolução de problemas.

O Projecto MozSkills, implementado na UEM, com apoio de parceiros nacionais e internacionais, contribui directamente para os compromissos da Universidade com a inovação pedagógica, a formação de excelência e o alcance dos Objectivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque para o ODS 4 (Educação de Qualidade) e o ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestruturas).

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