A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) volta a afirmar-se como referência no ensino jurídico em África, graças à notável actuação dos estudantes Edna Inguane e Pedro Cossa, da Faculdade de Direito, que representaram Moçambique na 34.ª edição do Concurso Africano de Julgamento Fictício sobre Direitos Humanos Christof Heyns, realizado de 29 de Junho a 5 de Julho de 2025, na Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul.
A dupla moçambicana conquistou três prémios de elevado prestígio, entre mais de 40 equipas de todo o continente africano: melhor equipa da Lusofonia; melhor alegações escritas da Lusofonia e, segundo lugar, como Melhor Orador da Lusofonia.
Considerada uma das competições jurídicas mais prestigiadas em África, o Moot Court Christof Heyns simula audiências perante a Corte Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, exigindo dos participantes elevado rigor técnico, domínio das normas internacionais e capacidade argumentativa diante de um júri composto por juristas e juízes de renome internacional.
O desempenho exemplar de Edna Inguane e Pedro Cossa honra a tradição de excelência da UEM e projecta Moçambique como um país com jovens juristas preparados para enfrentar, com profundidade e compromisso, os desafios dos direitos humanos no continente. A sua participação reafirma o potencial transformador da juventude africana de língua portuguesa no espaço jurídico pan-africano.
Mais do que prémios, esta conquista representa anos de dedicação académica, orientação docente qualificada e um ambiente universitário que valoriza a formação crítica e ética. “Esta vitória é um incentivo para continuarmos a lutar por uma justiça mais equitativa e inclusiva, não só em Moçambique, mas em toda a África”, destacou Pedro Cossa, em tom emocionado e determinado.
A UEM considera esta distinção motivo de grande orgulho institucional e um exemplo inspirador para as futuras gerações de estudantes. Ao alcançar este patamar, Edna e Pedro demonstram que a excelência é resultado do esforço, da perseverança e do comprometimento com valores maiores, como a justiça, a dignidade humana e a cidadania activa.
Este feito, além de fortalecer a presença da UEM nos palcos internacionais, reforça o seu compromisso com uma formação jurídica de qualidade, voltada para os desafios contemporâneos da África e do mundo. A universidade congratula-se com os estudantes e reitera o seu empenho em formar profissionais íntegros, competentes e socialmente engajados.