Oradores do Simpósio sobre os dez anos dos Jogos da UEM defendem que há necessidade de garantir que as Escolas e Faculdades pratiquem desporto e realizem jogos de forma regular, tendo realçado que a Universidade deve garantir que o desporto faça parte das actividades programadas e que estejam devidamente orçamentadas.
Os painelistas destacaram a importância da inserção dos estudantes na organização de eventos desportivos, na comissão organizadora, em toda a cadeia de valor da organização dos jogos, considerando os estudantes como centro da actividade.
As opiniões foram proferidas Quarta-feira (26/07) no Campus Principal durante o Simpósio que refletiu sobre os dez anos dos Jogos da UEM, realizado sob o lema “Dez Anos dos Jogos da UEM: Percursos, Desafios e Perspectivas”.
O dr. Mohamed Valá, dirigente desportivo, disse, na ocasião, que é fundamental definir metas com vista a atingir grandes eventos, e ter a UEM a participar em grandes campeonatos das universidades que decorrem ao nível da região e em campeonato mundial universitário, de forma a melhorar os Jogos da UEM bem como todos os eventos organizados pela ESCIDE e pelo Centro de Desenvolvimento do Desporto e Educação Física. Falou também da importância da formação contínua dos participantes, tendo em conta que a ciência está em constante evolução e, por isso, o Centro e a ESCIDE devem trabalhar de forma complementar para dar a oportunidade aos estudantes de aprender fazendo.
Valá, acrescentou ainda que a Associação dos Estudantes Universitários e os núcleos de estudantes precisam ser membros activos no processo da organização dos jogos e falou ainda da necessidade de se repensar e definir, de forma clara, os objectivos que se pretendem em cada nível de actividades dos jogos.
“Temos que vencer em todos os campeonatos que participamos. No basquetebol já fomos campões africanos em feminino. Temos treinadores internacionais em várias modalidades, temos estudantes aqui e que representam outros clubes. Portanto, há necessidade de revermos isto e incentivarmos esses atletas que vão representar a Universidade com bolsas de estudos e convencermos também atletas que pertencem a outros clubes a virem estudar aqui na UEM”, disse.
Por sua vez, o Prof. Doutor Carlos Monjena, docente da ESCIDE, de nacionalidade cubana, ressaltou a necessidade de se ter objectivos sob o ponto de vista do alto rendimento e que, para tal, é preciso massificar a prática do desporto em todas as unidades orgânicas. Acrescentou que a prática do desporto deve estar associada à cultura universitária, para permitir a formação integral do estudante, salientando que a prática do desporto permite desenvolver capacidades e valores como responsabilidade, foco, disciplina, atenção, entre outros.
“Temos de partir de um movimento de base grande para, posteriormente, falar de resultados de altos rendimentos, e esse movimento deve partir de um diagnóstico sobre gostos e preferências dos nossos estudantes e, a partir daí, podemos começar a desenvolver todo o processo motivacional. Temos que olhar a prática da actividade física e desporto em função da formação integral e harmónica dos estudantes”, disse.
Na abertura do evento, a Directora do Centro de Desenvolvimento do Desporto e Educação Física, dra. Maria de Lurdes Munguambe, disse que os jogos da UEM se enquadram nas actividades extracurriculares e a actividade cultural e serve para a socialização entre os estudantes de diversos cursos e unidades da Universidade. O Simpósio vai permitir que se faça um balanço que vai servir de base para a projeção das próximas edições dos jogos.