HomeGovernação e CooperaçãoAcadémicos debatem o Ensino à Distância nos Países de Língua Portuguesa

Académicos debatem o Ensino à Distância nos Países de Língua Portuguesa

 

A Universidade Eduardo Mondlane acolheu, nos dias 29 e 30 de Novembro, o V Encontro Internacional da Associação de Educação à Distância dos Países de Língua Portuguesa. O evento reuniu académicos que partilharam conhecimentos e experiências sobre melhores práticas do Ensino à Distância, numa iniciativa que visa ampliar os esforços colaborativos para a oferta de educação a distância e formação de docentes com qualidade.

Decorrido sob lema “Inteligência artificial e educação à distância”, o Encontro serviu igualmente para a promoção da educação, no domínio da cultura, da ciência e tecnologia nos países membros desta organização.

Na ocasião, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, disse que, desde a criação da Educação à Distância em Moçambique, em 1977, o Governo tomou algumas decisões estruturantes, destaque para a criação do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação e a aprovação da Política e Estratégia de Educação à Distância.

“Estes são apenas alguns exemplos do comprometimento do Governo de Moçambique com a massificação do ensino através do ensino à distância, que foram sendo complementadas pela formação de profissionais nos níveis da licenciatura e da pós-graduação em ensino a distância, através de várias iniciativas e mecanismos diversificados, a destacar a troca de experiências com os países da SADC”.

Afirmou que, na UEM, a educação à distância iniciou em 2002, ano em que foi criado o Centro de Ensino à Distância, transformando, deste modo, a universidade numa instituição “dual mode” com o objectivo de expandir o acesso à educação superior em Moçambique, minimizar as assimetrias regionais e dar oportunidade a todos os moçambicanos que, por vários razões, não podem sair dos seus locais de residência e de trabalho para frequentarem um curso de nível superior.

“O crescimento, traz consigo enormes desafios, que a Estratégia de Educação à Distância apresenta como, a garantia de qualidade dos cursos e programas de EAD, harmonização dos procedimentos de acreditação da EAD entre as entidades reguladoras de educação, acesso a recursos electrónicos de aprendizagem para os estudantes e gestores, disponibilização de recursos financeiros para a implementação da modalidade, entre outros”, destacou.

Por sua vez, a Reitora da Universidade Aberta de Portugal, Prof. Doutora Carla de Oliveira, afirmou que este tipo de encontros deve servir de reflexão sobre as estratégias de actuação conducentes ao maior equilíbrio dos ecossistemas terrestres e dos contextos socioculturais das actividades humanas e quotidianas.

“Neste contexto, é urgente a colocação de redes de cooperação ao serviço da educação e da capacitação das populações, em particular dos PALOP, a nível das instituições do ensino superior, de modo a potenciar o conhecimento científico sobre o mundo que nos rodeia e definir as melhores práticas a utilizar, com vista a valorização e defesa da liberdade, da estabilidade socioeconómica e cultural, individual e colectiva”, assegurou.

No mesmo contexto, o representante da UNESCO, Dr. Marcos Chirinda, afirmou que, para as Nações Unidas, o reforço das capacidades em matérias da educação à distância em África é aconselhável para a transformação dos conhecimentos em capacidades de resiliência e promover o desenvolvimento sustentável.

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